Psicóloga Clínica e Hospitalar
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Quem nunca ouviu falar em Depressão?

Podemos não saber do que se trata a fundo, mas normalmente as pessoas em geral têm idéia ou conhecem alguém que já teve.

Na maioria das vezes, não damos a importância necessária por não acreditarmos na doença ou por falta de conhecimento desta, na realidade é preciso distinguir tristeza de depressão.

Não há quem nunca tenha sentido uma tristeza em algum momento da vida, seja pela perda de um ente querido, por causa de uma separação ou por outros motivos de ordem emocional ou social. Esse sentimento é natural e o tempo de permanência na vida de cada indivíduo é subjetivo, desde que posteriormente as atividades do cotidiano retornem ao habitual.

Devido ao fato de estarmos vivendo em uma época de rápidas e drásticas mudanças nos valores e nos costumes, o stress originado pela competição para sobrevivência, pelo fantasma do desemprego, pelo abandono das crenças, pela violência urbana, pela dissolução dos laços familiares, pelo abuso de álcool e outras drogas têm sido apontados como grandes fatores facilitadores da depressão (Frank, Prien & Jarret, 1991) sendo este um dos transtornos mentais mais freqüentes na população geral podendo ocorrer em qualquer faixa etária.

A depressão é classificada como um transtorno de humor. É uma alteração afetiva que se manifesta por episódios recorrentes e se apresenta através de vários sintomas ou comportamentos característicos; são eles: apatia, tristeza profunda, diminuição do interesse e do prazer, irritabilidade, diminuição da auto-estima, pessimismo, diminuição da atenção e concentração, culpa, desesperança, pensamentos e atos suicidas. Além destes sintomas, o quadro normalmente é acompanhado de alterações somáticas (físicas) como distúrbios do sono, distúrbios do apetite, perda ou ganho de peso, cansaço ou agitação psicomotora. Com o passar do tempo os sintomas depressivos se tornam desgastantes e trazem prejuízos ao funcionamento das relações profissionais, familiares e sociais na vida do indivíduo.

Segundo Roudinesco (2000), o sofrimento psíquico manifesta-se sob a forma de depressão, tristeza e apatia que atingem o corpo e a alma.

Cada sujeito em si é constituído pela subjetividade, ou seja, cada um possui seu próprio campo subjetivo a partir das experiências, das vivências e dos determinantes sociais e biológicos, assim os sintomas das alterações afetivas variam de acordo com as vivências de felicidade e tristeza de cada um.

Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Depressão é mais comum no sexo feminino, estimando-se uma prevalência do episódio depressivo em 1,9% no sexo masculino e 3,2% no feminino.

É imprescindível estar atento em relação aos sintomas que se apresentam, buscando uma avaliação séria para se obter o tratamento adequado.

Geralmente para o tratamento da depressão indica-se a utilização de medicamento e a psicoterapia (vai depender de cada caso). Os medicamentos antidepressivos são responsáveis pela minimização dos sintomas e o controle da angústia. E a psicoterapia é um processo conduzido por profissional especializado e é caracterizada por atendimentos regulares que auxiliam na elaboração da desesperança, da falta de motivação, da auto-estima diminuída e da tristeza.

Ao final deste processo com a diminuição do sofrimento psicológico, do sentimento de adoecimento e a melhora na qualidade de vida, o indivíduo consegue então resgatar seus valores internos e viver ao seu modo.
 
Publicado originalmente no site do Hospital Metropolitano em 01-08-2007
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